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Receita de sucesso: saiba como é trabalhar na Nestlé

Maior companhia de alimentos e bebidas do mundo, a Nestlé criou uma universidade corporativa para os funcionários e trabalha firme em ações de inclusão.

Por Monique Lima
Atualizado em 18 mar 2021, 10h05 - Publicado em 8 mar 2021, 06h00
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Fábrica da Nestlé em Feira de Santana (BA). A operação brasileira é a quinta maior do mundo: são 20 unidades industriais e 32 mil funcionários. (Nestlé/Divulgação)
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Há 19 anos a Nestlé está no top 10 do ranking “Empresa dos Sonhos” da consultoria de RH Cia de Talentos. Jovens, gerentes e executivos consideram trabalhar na multinacional suíça praticamente uma utopia. Natural, os produtos da maior companhia de alimentos e bebidas do mundo estão presentes em 99% dos lares brasileiros – não é modo de dizer; trata-se do resultado de uma pesquisa da consultoria Kantar Worldpanel.

Neste ano, a multinacional completa seu centenário no Brasil. A operação por aqui tornou-se a quinta maior da empresa no mundo em 2021 – má notícia: é um posto abaixo de onde estava em 2020. O cenário mudou depois da queda no faturamento do ano passado.

O país rendeu 2,79 bilhões de francos suíços (R$ 15,3 bilhões) no balanço de 2020 da multinacional. Trata-se de um resultado 23,5% menor que o de 2019. Apesar dos números desanimadores, o Brasil segue como o maior mercado da Nestlé na América Latina. E ela vem investindo forte no desenvolvimento de suas fábricas e centros de distribuição. Em 2020, o braço nacional da companhia desembolsou R$ 763 milhões na modernização do maquinário e das operações.

Para fazer seu negócio funcionar, a Nestlé conta com 32 mil pessoas em suas 20 unidades industriais, instaladas em oito Estados.

Fermento para crescer

Outro investimento da empresa suíça é na capacitação de seus profissionais. Em parceria com o Centro Universitário Internacional (Uninter), a multinacional criou em 2020 uma universidade corporativa com cinco cursos superiores e de especialização credenciados pelo MEC.

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São eles: graduação em Tecnologia em Gestão de E-Commerce e Sistemas Logísticos, Tecnologia em Gestão Comercial; pós-graduação em Logística e Supply Chain. E também dois MBAs: Gestão Financeira e o Indústria 4.0 (que engloba automação, inteligência artificial, internet das coisas, data mining).

Os cursos são ministrados à distância. Os de graduação duram dois anos; os de pós e MBA, um. E todos contam com funcionários da própria Nestlé para a criação de conteúdo, desenvolvimento das aulas e mentorias para os alunos. A primeira turma (15 alunos da pós em Logística e Supply Chain) se formou em dezembro.

Para ingressar nos cursos, os funcionários precisam ter pelo menos seis meses de casa – e, claro, apresentar um bom desempenho.

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A inclusão de minorias é outra área em que a empresa tem se esforçado. Os grupos de afinidades de negros e PCDs tiveram destaque em 2020. O primeiro, por lançar um programa de mentoria: a cada seis meses, funcionários pretos e pardos são selecionados para participar do processo, que conta com treinamento individual. O objetivo é que, ao final, os profissionais estejam preparados para assumir cargos gerenciais na companhia.

O outro programa, para pessoas com deficiência, teve um momento especial: levou para os executivos uma solução para uma solução. Exato. Por conta da pandemia, a Nestlé lançou um programa de suporte psicológico, jurídico e financeiro à distância para os funcionários. Mas os profissionais deficientes auditivos não ficaram satisfeitos com o sistema, já que não havia versão em libras. O grupo de afinidades mapeou o problema e propôs: por que não usar uma plataforma que faz a tradução simultânea para a linguagem de sinais? Deu certo.

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(Arte/VOCÊ S/A)
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