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Sete conselhos para falar e negociar com o superior durante o estágio

Entenda como pedir feedback, negociar benefícios ou falar sobre carreira, de acordo com uma especialista da Companhia de Estágios.

Por Da Redação
Atualizado em 19 set 2025, 12h35 - Publicado em 19 set 2025, 08h00
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 (FG Trade/Getty Images)
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Falar com a liderança pode ser um dos maiores desafios para estagiários, especialmente quando se trata de pedir feedback, propor mudanças ou negociar horários e benefícios. A pesquisa Perfil do Estagiário Brasileiro, realizada pela Companhia de Estágios, traz alguns exemplos do que os estagiários mais almejam durante o percurso profissional e que poderia entrar em pauta nas conversas com a liderança. Segundo o levantamento, 48% dos estudantes que participam de programas de estágio ou estão em busca de vagas desta modalidade priorizam flexibilidade de local de trabalho e benefícios que favoreçam o seu desenvolvimento.

Nesse cenário, é fundamental que os jovens talentos saibam como conduzir conversas produtivas com colegas e gestores. Para Ana Eliza Silva, Coordenadora de Recursos Humanos da Companhia de Estágioslíder em recrutamento e seleção de estagiários, trainees e jovens aprendizes, o segredo começa com uma boa leitura de ambiente e uma postura aberta para a comunicação clara.

Confira a seguir sete dicas para abrir o diálogo com seu chefe sendo um estagiário:

1. Desenvolver compreensão do ambiente

Segundo a especialista, o primeiro passo é observar. “Ao entrar em uma empresa, é essencial compreender a cultura, o clima do time e a forma como a liderança conduz o dia a dia. O estagiário precisa ter um momento mais observador, se mostrar aberto a aprender e construir confiança antes de propor qualquer sugestão de mudança”, explica. Essa postura evita que o jovem seja visto como arrogante ou desinteressado, além de demonstrar maturidade profissional.

Outro ponto importante é avaliar se o ambiente é seguro para trocas. “Um líder é responsável por criar um espaço psicologicamente saudável, onde dúvidas possam ser tiradas e ideias compartilhadas. Do contrário, a equipe tende a ser rígida e pouco colaborativa. Se este for o caso, cabe ao estagiário refletir se aquele é um bom ambiente para estar”, acrescenta. Ela lembra que esta geração de jovens profissionais é mais questionadora e preparada para contribuir, mas é necessário dosar o timing das interações.

2. Aprender a ter conversas profissionais

Para ampliar a visão sobre a empresa, o estagiário não precisa recorrer apenas ao seu gestor direto. Ele pode construir uma rede de apoio com colegas mais experientes, analistas, assistentes e até outros estagiários. A ideia é identificar quem está mais interessado e aberto a conversas e trocas construtivas.

Com o líder direto, a conversa pode começar de forma objetiva, com perguntas como: “O que se espera de mim? No que eu posso contribuir?”. Assim, o jovem direciona o gestor a deixar claro quais são as prioridades. Aos poucos, ele vai consolidando entregas. “Na dúvida, pergunte. Mas tenha cuidado com o timing: às vezes é preciso marcar um horário ou esperar o momento certo para abordar o gestor. Lembre-se: a urgência é nossa, não do outro. O segredo é encontrar o tempo do líder para que a conversa seja produtiva”, orienta Ana Eliza.

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3. Aprender a negociar

Quando o assunto é negociação, a especialista destaca a importância da flexibilidade. “Toda negociação envolve ganhos e concessões. Se um estagiário precisa sair mais cedo por conta de um compromisso pessoal, por exemplo, deve pensar em como não deixar a entrega comprometida. A empresa não pode ceder sempre, então o estagiário precisa mostrar responsabilidade e propor contrapartidas”, afirma.

Ela também lembra que é preciso avaliar o momento. “Se está entregando bem, recebendo elogios e bons feedbacks, pode ter abertura para negociar. Mas se há atrasos ou insatisfação da liderança, não é hora de trazer demandas”, completa.

4. Entender o que pode ser negociado

No caso da bolsa-auxílio, os programas de estágio costumam seguir políticas fixas, não havendo muita margem para mudanças. “Diferente de cargos CLT, a remuneração de estágio geralmente tem reajustes pré-definidos, em períodos específicos. O estagiário até pode fazer propostas, mas a negociação costuma ser mais viável em relação a benefícios flexíveis, como um dia de home office ou saída antecipada em ocasiões específicas”, explica.

Se estiver se destacando, o jovem também pode solicitar  benefícios para cursos de idiomas, cursos específicos da área de atuação na empresa ou mesmo desenvolvimento de soft skills relacionados à sua área, mostrando como esse investimento pode agregar às entregas, tentando justificar que é viável receber esse estímulo ao desenvolvimento. 

A especialista reforça que é importante compreender se existem precedentes de algum benefício ou proposta parecida com aquela almejada já realizada na empresa, por meio de uma conversa com o líder, por exemplo. Sempre lembrar que negociações que apontem para melhoria de entregas e resultados ou mesmo desenvolvimento de soft skills têm maiores chances de serem aprovadas. 

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5. Falar sobre o escopo de atividades

Antes de levar qualquer insatisfação diretamente ao gestor, a especialista recomenda trocar ideias com colegas mais experientes. “O estagiário pode buscar opiniões sobre seu desempenho e clareza sobre caminhos de desenvolvimento. Essa rede de apoio ajuda a construir argumentos mais sólidos na hora de conversar com o líder”, orienta.

Se perceber que o escopo está distante de seus objetivos profissionais, o jovem pode propor participação em projetos mais alinhados ou avaliar a situação com a liderança e o RH. “Um líder sempre valoriza estagiários interessados, proativos e comprometidos com o seu tempo. Ficar parado em uma única tarefa pode ser visto como subaproveitamento, enquanto a proatividade é sempre bem-vista”, completa.

Há também a possibilidade de buscar em outras áreas que sejam correlatas, desde que tudo seja feito com transparência e negociação amigável. 

6. Pedir e aproveitar feedbacks

O feedback deve ser encarado como ferramenta de crescimento, não como crítica pessoal. “Não é preciso esperar que o retorno chegue. O estagiário pode, e deve, perguntar se a tarefa foi bem feita e se há pontos de melhoria. Isso demonstra interesse e acelera o aprendizado”, afirma.

Alguns meses antes do fim do contrato, também é válido manifestar interesse em permanecer. “É importante verbalizar: ‘gosto do ambiente, quero continuar aprendendo aqui, quais os próximos passos?’. Se não houver possibilidade de efetivação, ainda dá tempo de buscar novas oportunidades com tranquilidade”, recomenda.

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7. Lidar com feedbacks negativos

Ao falar sobre críticas, Ana Eliza usa uma metáfora: “É como errar o caminho no trânsito: o GPS recalcula a rota. A vida adulta envolve situações desconfortáveis, e é justamente nelas que mais aprendemos. Elogios são importantes, mas é a crítica que nos move”. Para ela, o segredo é filtrar os retornos, identificar o que é construtivo e transformar em aprendizado.

Mostrar vulnerabilidade, quando saudável, também pode fortalecer a relação com a liderança. “Dizer ‘não estou conseguindo, mas quero melhorar’ mostra disposição para aprender. O jovem não deve esperar passivamente pelo feedback: precisa buscá-lo de forma proativa, com autocrítica e interesse genuíno em evoluir”, reforça.

Além disso, o feedback não precisa ser apenas formal. “Durante uma tarefa, é possível perguntar: ‘Está bom assim? Precisa de algum ajuste?’. Essa atitude dá vantagem competitiva, porque permite corrigir rápido e acelerar o desenvolvimento”, diz. 

Nesse processo, colegas e líderes oferecem visões complementares. “Ninguém é dono da razão absoluta. Ouvir diferentes perspectivas é um diferencial para crescer mais rápido”, conclui.

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