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Você precisa saber destas 10 coisas se quiser trabalhar na Liv Up

Com proposta de entregar alimentos orgânicos produzidos por agricultores parceiros, a startup cresceu de cinco para 600 funcionários em quatro anos.

Por Monique Lima
Atualizado em 15 jan 2021, 13h34 - Publicado em 8 jan 2021, 06h00
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 (Liv Up/Divulgação)
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Seja no home office, seja no presencial, bateu 13h a barriga ronca. E aí? Qual vai ser? Aquela feijoada que vai te fazer pescar em frente à tela até às 15h? Ou o tradicional bife a cavalo com quilos de salitre para beber água a tarde inteira? Não gostou das opções?

Os amigos Victor Santos e Henrique Castellani também não gostavam lá em 2015, quando ainda eram engenheiros recém-formados, famintos, em busca de almoço na Faria Lima. Foi então que, enquanto procuravam pelas (raras) opções de comida saudável a um preço que não fizesse o vale-refeição acabar no dia 15, eles viram aí uma oportunidade de empreender.

E assim nasceu em 2016 a Liv Up, uma startup de comida saudável que entrega refeições prontas e congeladas, com um diferencial: eles firmaram parcerias com pequenos agricultores para o fornecimento da matéria-prima (sempre orgânica).

Funcionou. No início, a operação contava com cinco pessoas e oferecia 30 pratos diferentes, somente na cidade de São Paulo. Hoje, já são mais de 600 funcionários, 150 opções no cardápio de refeições prontas, além da venda de sucos, legumes, verduras e papinhas para bebês. E entrega em 50 cidades.

Inovação em meio ao caos

No final de 2019, a Liv Up ainda recebeu um gás: um aporte de R$ 90 milhões do fundo americano ThornTree Capital Partners. A grana entrou que nem o salário na conta – caiu e sumiu: foi ela que financiou a expansão do portfólio de produtos da startup.

E o resultado veio rápido: o faturamento dobrou, de R$ 50 milhões em 2019 para R$ 100 milhões em 2020.

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A intenção dos fundadores para 2020 era ingressar no segmento de alimentos para consumo imediato (só havia congelados e pré-cozidos até então). Nisso, lançaram dois spin-offs da Liv Up: o Salad Stories e o Brotto.

O Salad Stories é um delivery de saladas. O Brotto, um de pizza. Claro, é impossível dizer que qualquer pizza possa ser algo realmente saudável, mas aí eles usam outros chamarizes para atestar a diferença: massa de fermentação natural, molho de tomate orgânico, linguiça artesanal.

Os dois entregam só em São Paulo por enquanto, e funcionam no sistema de cloud kitchens, que são como coworkings, mas de cozinha. Têm fornos, pias e geladeiras para a preparação dos alimentos. E empresas e deliveries podem alugar o espaço. Não que a Liv Up não tenha suas próprias cozinhas. Mas elas são equipadas para a preparação dos congelados e pré-cozidos, e não de pratos para consumo imediato.

Em 2021, a expectativa é de expansão desses novos serviços, que vão se juntar à operação da startup que está distribuída pelo país. O escritório fica em São Paulo, mas há 14 centros de distribuição espalhados pelos Estados. E os 25 núcleos de agricultura familiar ficam em São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais.

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Para o fundador e CEO Victor Santos, a pandemia ajudou na consolidação da marca. Afinal, 2020 foi o grande ano do delivery de comida. Quem só pedia pizza e hambúrguer aprendeu a variar – já que não havia mais o quilo para a refeição balanceada do dia.

Lição de casa em dia

O investimento da startup não foi só em produtos, mas em pessoas também. Com o aumento no número de funcionários e mudança no sistema de trabalho para o modelo remoto, alguns processos tiveram que evoluir. Os líderes contaram com um treinamento de longo prazo, com módulos como produtividade e autonomia no home office.

Outro assunto que ganhou mais espaço foi a inclusão de minorias. Desde 2018, a empresa tem o grupo Liv Up Pride, que promove debates entre os funcionários e atua junto ao RH na inclusão da comunidade LGBTI+. Outros dois que funcionam da mesma forma são o She’s Up, para mulheres, e o Negritude, para pretos e pardos.

Segundo o CEO, metade dos cargos gerais e também de liderança são ocupados por mulheres. E as posições preenchidas por pretos e pardos avançaram, de 22% em 2019 para 27% em 2020, com foco em cargos administrativos. “Estamos crescendo rapidamente e nos esforçando para fazer isso de forma estruturada”, diz Victor.

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Uma das ferramentas que eles usam como norte para a expansão é o feedback 360º. Nesse modelo, não é somente o gestor direto que dá um retorno sobre a atuação do profissional, mas todos os outros colegas e chefias que trabalham com a pessoa. Isso estimula o convívio entre diversas áreas da empresa e nutre o que eles consideram competência essencial para os funcionários: a compreensão de que cada setor é importante para o todo.

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(Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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(Tiago Araujo/VOCÊ S/A)
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