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3 metodologias de melhoria contínua e pensamento enxuto para os negócios

Criados há décadas, os métodos Lean, Kaizen e 6-Sigma continuam trazendo eficiência e lucro para as empresas. Conheça as principais diferenças entre eles.

Por Roberta Dialma
7 dez 2020, 17h00
 (Marcelo Almeida/VOCÊ S/A)
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Aplicar metodologias criadas entre os anos 80 e 90, como a 6-Sigma (Six-Sigma) e a Lean, para melhorar a gestão dos negócios e os resultados continua sendo uma estratégia para ajudar empresas a alcançar bons níveis de eficiência. Mas escolher qual deles usar e saber se valerá a pena nem sempre é fácil para o empreendedor.

Para implementar um sistema, é preciso contratar um especialista ou montar uma equipe interna capacitada. Outra regra é envolver os funcionários para que aprendam as novas práticas descritas pelas metodologias.

“Esses sistemas são os precursores da atual filosofia de inovação”, diz Maximiliano Carlomagno, fundador da consultoria em inovação Innoscience. “São técnicas que, se bem aplicadas, ajudam as empresas a incorporar os conceitos de melhoria contínua e pensamento enxuto.”

O resultado é percebido nos números da companhia, que melhora as margens ao se tornar mais eficiente. “Não é necessário investimento na compra de equipamentos nem em tecnologia”, afirma Carlomagno. “Trata-se de um investimento em mudança de mindset, em formação de cultura. Para ter efeito, é preciso que haja disciplina e persistência.” A evolução e os resultados ocorrem com a repetição das práticas, que geram domínio da técnica e a melhor exploração da ferramenta.

Cada um dos sistemas funciona de uma forma. O Lean foi criado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos anos 90, com o objetivo de identificar os gargalos da indústria automobilística dos EUA em relação à japonesa.

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Embora elaborado para a indústria, o método funciona em companhias de qualquer setor e gera resultados rápidos a partir de soluções pré-moldadas para problemas que se repetem. Para alcançar o objetivo desejado, o Lean relaciona uma série de boas práticas a serem adotadas de acordo com a necessidade da companhia.

Para exemplificar o uso do Lean, Carlos Lobo, diretor da Sequóia Consultoria, cita a implementação do sistema em uma rede de varejo que precisa reduzir as perdas de hortifrúti. A forma de abastecer as bandejas, o manuseio dos alimentos e a gestão diária da oferta e da demanda podem concentrar os desafios, afirma.

A diminuição de perdas e o uso inteligente dos estoques, acertando as quantidades a serem compradas dos fornecedores, possibilitam ao empresário a liberação de capital de giro e de recursos para investimentos em outras áreas, como prospecção de novos clientes.

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A Lean traz outra metodologia que pode ser implementada de forma independente, a Kaizen. O nome é de origem japonesa e significa “mudar para melhor”. Ela é recomendada para a solução de problemas mais simples. Por exemplo, para reduzir o tempo de troca de postes de luz em uma empresa de distribuição de energia, diz Lobo.

O 6-Sigma, criado em 1986 por Bill Smith, da Motorola, é o mais complexo – e mais caro. Também elaborado para resolver problemas na indústria, o 6-Sigma é usado hoje em todos os setores produtivos.

A equipe que implementa essa metodologia precisa ter elevados níveis de capacitação. Até os termos que permeiam essa metodologia são mais complicados: há o DMAIC (Define Measure Analyze Improve Control), indicado para indústrias que têm bons produtos, mas não estão atingindo a performance produtiva adequada; o DMADV (Define Measure Analyze Design Verify), que funciona para quem está lançando um novo projeto. “Grandes empresas, como a Avon e a Coca-Cola, têm equipes internas de 6-Sigma”, diz Carlomagno, da Innoscience.

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