Fim do “chorrindo”? Entenda por que usar emojis no trabalho pode ser furada
Estudo descobriu que pessoas interpretam emojis de maneira diferentes – o que pode gerar ruídos de comunicação no trabalho.
Já é de praxe: um joinha para falar que leu aquela mensagem, um sorriso para fazer o pedido parecer mais gentil ou um “chorrindo” que economiza os “hahaha”. Na era dos emojis, a humanidade voltou à era dos hieróglifos: desenhos passaram a dominar uma parte considerável da comunicação.
Mas o uso de emojis pode não ser tão adequado no contexto profissional. Por não serem literais como palavras, abrem brechas para interpretações que podem gerar problemas. E isso é especialmente verdade no caso das mulheres, segundo um novo estudo.
Pesquisadores da Wayne State University, nos EUA, pediram para 299 jovens classificarem 70 emojis populares nas categorias “positivo”, “negativo”, “neutro” ou “ambíguo”, e depois descrever em que intensidade eles se encaixavam nessas caixinhas. Os resultados mostraram que mulheres eram mais propensas a classificar emojis que os homens consideravam positivos como expressões de sentimentos negativos.
Por exemplo, o emoji de “carinha pensando” foi considerado levemente positivo na maioria das vezes por homens, enquanto as mulheres tendiam a vê-lo como algo levemente negativo. O resultado está em linha com outros estudos que já haviam mostrado que elas têm, em geral, um “viés de negatividade” quando o assunto é interpretar emoções em expressões faciais.
Segundo os pesquisadores, essa subjetividade na interpretação pode criar ruídos e conflitos no ambiente de trabalho – alguém envia um emoji com o objetivo de transmitir uma mensagem positiva, mas ela pode ser interpretada como negativa por quem recebe. Na dúvida, o ideal é evitar em contextos mais formais.