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Armando Lourenzo

Doutor e Mestre em Administração pela FEA/USP. Presidente do Conselho Consultivo do EY Institute. Líder de Consultoria da Lourenzo: Gestão e Estratégia. Professor da FIA e Casa do Saber. Palestrante. Escritor.

Por que devemos ser profissionais empreendedores?

Momento pede mentalidade arrojada; mas há um problema: nem todas as empresas estão preparadas para acolher pessoas questionadoras

Por Armando Lourenzo, colunista de VOCÊ S/A
Atualizado em 10 jun 2020, 15h00 - Publicado em 10 jun 2020, 15h00
Perguntas
Embora as organizações digam que seus líderes têm de ser empreendedores, na prática isso nem sempre é verdade (Pixabay/Divulgação)
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Muitas são as nomenclaturas para os cargos de liderança: chefe, supervisor, coordenador, líder, gerente e diretor. Sem falar nas variações em inglês, como CEO, COO, CFO, CLO ou mesmo CIO, dependendo da área do responsável. Mas estas são apenas siglas, pois todos lideram pessoas e situações com maior ou menor nível de complexidade.

Para esses profissionais, certamente o conhecimento técnico continua sendo importante para assumir o cargo de comando. Mas a verdadeira diferença de líder está concentrada nas suas habilidades comportamentais, também chamadas de soft skills.

Tenho acompanhado diversas pesquisas e estudos sobre o tema, além da minha experiência profissional, e um passo básico para ter um bom resultado na liderança é conhecer as principais qualidades de um líder. Você deve tê-las como referência –ajustando-as às suas próprias características.

Não é possível afirmar que você deverá possuir todos os atributos que o mercado demanda, mas é essencial refletir para desenvolver os que são mais significativos para conduzir projetos e times com excelência.

Um desses atributos é ser um empreendedor corporativo, que para muitas empresas pode ser um grande diferencial de carreira e em outras uma barreira para o crescimento.

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Esse é ponto crítico nos dias de hoje. Muito embora as organizações digam que seus líderes têm de ser empreendedores, na prática isso nem sempre é verdade. Você deve perceber se a cultura da companhia é aberta ou não a quem ousa e desafia o status quo.

E, apesar da tendência do empreendedorismo corporativo ter chegado para ficar, o profissional deve ter atenção à sua aplicação. Para ser empreendedor, a palavra iniciativa precisa estar presente em todos os momentos. Mas, em algumas empresas, “se você achar muito em pouco tempo, ninguém te achará mais na empresa”. Ou seja, questionar é malvisto. Por isso, é necessário observar o ritmo da companhia para não ser demitido ou mesmo ser colocado em funções com menos expressão por ter um espírito empreendedor.

Por isso, se você tem esta característica, procure um lugar onde consiga aplicá-la. Encontrar negócios e chefes para apoiá-lo na aprovação e implementação de seus projetos é fundamental.

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É assim que o empreendedorismo é incentivado pelas Melhores Empresas

A acomodação é um dos piores problemas corporativos. Quando somada à insegurança, o caos está armado. É comum escutarmos de alguns trabalhadores que eles têm 25 anos de atuação, mas na prática um ano de experiência e 24 anos de repetição daquilo que aprenderam no primeiro ano de carreira.

Temos que repensar esse modelo e valorizar os profissionais empreendedores. Conheço pessoas que entram em uma empresa e onde quer que estejam alocadas realizam projetos diferenciados. Transformam uma pequena área em algo de destaque e percebem a importância das alianças internas. Por isso, você deve lutar internamente e soltar seu lado empreendedor. Aquele profissional que possui novas ideias, que agrega valor e as coloca em prática, tem de ser reverenciado pela organização – ou, então, sair dela em busca de um ambiente que valorize quem tem iniciativa e vontade de mudar.

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