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OKRs: mais que uma ferramenta, uma filosofia de gestão

Os executivos viajam para o Vale do Silício, leem o livro do John Doerr, ficam encantados e dizem: “Temos que implementar os OKRs na nossa empresa”. Entretanto, só isso, não basta.

Por Pedro Signorelli*
Atualizado em 28 out 2024, 12h42 - Publicado em 27 out 2024, 08h00
A imagem mostra uma pessoa segurando um marcador preto e uma folha de papel adesivo, possivelmente um post-it, sobre uma superfície escura. Há outras cinco folhas de post-it dispostas na mesa ao fundo.
 (Kelly Sikkema/Unsplash)
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O

s OKRs – Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) – vêm se tornando populares há anos, e cada vez mais empresas de todos os tamanhos e segmentos estão os adotando. 

Mas parece que algumas fichas demoram mais a cair do que outras. Anos atrás foi o Spotify model e poderíamos citar outros modelos de gestão subestimados pelo mercado. É o que está acontecendo com os OKRs.

Você pode entender melhor o que são OKRs neste artigo do mesmo autor.

Os executivos viajam para o Vale do Silício, leem o livro do John Doerr, ficam encantados e dizem: “Temos que implementar os OKRs na nossa empresa”. Depois disso, falam com três companhias para fazer benchmark e saber mais. Pronto, está resolvido. Preguiça mental.Os OKRs são mais do que um método ou uma ferramenta, eles são de filosofia de gestão. Ela  propõe aumentar os resultados, se apoiando em metas de curto prazo, por meio da transparência, foco e colaboração.

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Eles dão à organização maior capacidade de se adaptar às mudanças que acontecem no mercado, direção clara e parâmetros necessários para a conquista de objetivos.Além de proporcionar uma gestão mais eficiente, os OKRs estão ajudando empresas em seus processos de transformação. A aplicação da filosofia nas companhias não passa somente pela implementação de técnicas e processos, mas se baseia também em um terceiro pilar – a mudança de mentalidade. E esse ponto é fundamental para que dê certo.

Quando fazemos a implementação de OKRs em empresas, é importante que estejamos cientes é preciso que o time mude o modo de pensar, habituado com uma determinada forma de trabalhar, que não se adequa ao mundo em que estamos vivendo hoje. Cada empresa ou negócio tem as suas particularidades, cultura e processos vigentes que devem ser analisados.Por que fazer essa análise? Para que seja possível trabalhar por resultados e alcançar marcas melhores.

Acredite, não adianta querer copiar o que outra empresa – aliada ou concorrente – fez. Não vai dar certo. O líder precisa chamar os colaboradores para pensarem juntos, e assim definirem o que é melhor. Construindo OKRs que façam sentido para a situação em que a organização se encontra. 

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Não é fácil e também não é uma mudança que acontece de uma hora para outra. Mas é viável, mantendo as pessoas que você tem no quadro hoje. É preciso uma capacitação para destravar o potencial dos colaboradores para usar bem esta ferramenta.Gosto de comparar o OKR com um giz de cera. Você pode dar um giz de cera na mão de uma criança, e ela fará um desenho de criança.

Se der um giz de cera na mão de um adulto, é bem provável que essa pessoa também faça um desenho de criança. Mas se você der esse mesmo giz de cera para um artista, o resultado vai ser totalmente diferente.É isso o que acontece com os OKRs em algumas empresas. As pessoas não sabem usá-los, e, por consequência, não aproveitam o potencial que oferecem.

O que você precisa é de profissionais qualificados para conseguir implementar essa filosofia, virar a chave na sua organização. Ela depende da cultura e dos processos vigentes. Assim, é viável fazer uma gestão melhor e possibilitar que os colaboradores se engajem mais.

*Pedro Signorelli é especialista em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas.

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